sexta-feira, 26 de junho de 2009

Novo "acordão" deixa Garibaldi Filho ressabiado


Conversei ontem, demoradamente, com o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB).
O assunto, claro, política. Foco em 2010. Lembrei que em uma entrevista, à rádio da cidade de Martins, ele havia sugerido a candidatura do senador José Agripino (DEM) ao Governo do Estado e garantido apoio incondicional, pois isso facilitaria sua reeleição. Em seguida, perguntei se estava "lambendo a rapadura" para um acordão. Garibaldi garantiu que não. Ele afirmou que 2008, com a derrota que amargou em Natal, deixou uma lição muito grande. A de que essa história de acordo não funciona. O senador afirmou que sua preocupação é manter o PMDB unido.
O entendimento é que se estiver junto com o deputado federal Henrique Alves (PMDB), no mesmo palanque, o partido estará naturalmente forte e coeso para 2010.Agora, quanto a dizer em que bloco estará este PMDB unido são outros quinhentos. O senador se mostra muito claro quanto à preferência pela companhia da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), que vai disputar o Governo do Estado pelo Democratas, liderando o bloco de oposição ao Governo Lula e ao Governo Wilma. Mas é ainda mais enfático quanto a necessidade de buscar a unidade do PMDB. E reafirma que isso estará acima de preferências. As declarações de Garibaldi mostram isso. Ele, em alguns momentos, sinaliza aproximação com a governadora Wilma. Em outros, critica o Governo dela. Por causa desse vai e vem, fiz a seguinte pergunta a Garibaldi: - Senador, afinal de contas, o senhor quer ficar com Rosalba, quer ficar com Wilma, ou quer as duas? Garibaldi voltou a afirmar que quer, tão-somente, manter o PMDB unido.
O entendimento dele é que essa unidade deixa o partido forte e, naturalmente, fortalece sua busca pela renovação do mandato. Ele até reconhece que isso seria facilitado com uma candidatura própria ao Governo do Estado, pois o partido seria "valorizado". Mas reconhece que essa candidatura própria não é fácil. "Eu não serei candidato a governador", afirmou o senador, garantindo que essa posição será mantida mesmo com um pedido do presidente Lula (PT) em prol da união da base.
Quanto a uma eventual candidatura do deputado federal Henrique Alves (PMDB), Garibaldi não enterra, mas também não mostra sinais de que esse seja um projeto simples. Ele apontou as dificuldades, na medida que Henrique está, em sua avaliação, muito bem com a liderança do PMDB na Câmara. Mas deixou claro que se Henrique quiser, isso será avaliado.

* Extraído do Blog de Julierme Torres (AQUI).

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