Partido GovernistaO PMDB é governista. Desde a transição do regime militar para o estado democrático de direito que o partido vem se mantendo no poder. Passou pelos governos de José Sarney, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso até se encaixar na era Lula. Reportagem da revista Veja, edição que está chegando às bancas, retrata fielmente o equilíbrio dos peemedebistas para não cair do “arame” governista. A Veja cita: “Coerente com sua história recente, o PMDB tem se dedicado a re-editar uma velha fórmula política, a de dividir para governar, com o objetivo de se entronizar no poder. O partido ameaça romper um acordo com o PT sobre o comando do Congresso Nacional e, faltando dois anos para a eleição presidencial, já decidiu apoiar o adversário de Lula em cinco estados, entre eles São Paulo. Eis, portanto, a única certeza da próxima disputa eleitoral: o PMDB, graças a sua força e ambiguidade, estará no governo em 2011, independentemente de quem estiver no comando do país.” Antes desse relato, a reportagem mostra como o partido se fortaleceu usando a estrutura do poder. “A sigla comanda 1.199 prefeituras, incluindo seis das principais capitais, que concentram 30 milhões de eleitores. Também controla sete governos estaduais e tem maioria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal”, além de ocupar seis ministérios do governo Lula. Daí, o PMDB ter se transformado na noiva mais cobiçada para as disputas eleitorais de 2010. O cenário nacional, descrito pela Veja, não é muito diferente da linha de atuação do partido no Rio Grande do Norte. A máxima de dividir para somar está exposta no movimento orquestrado pelos primos Garibaldi Alves Filho e Henrique Alves. Enquanto o primeiro briga com a governadora Wilma de Faria (PSB) e caminha para os braços dos democratas, o segundo faz as honras da casa, levando os prefeitos peemedebistas para o beija-mão com a governadora. O partido só ganha. No plano de Garibaldi, portas abertas da oposição. Na estratégia de Henrique, fortalecimento da sigla com a estrutura de governo. Em resumo, qualquer que seja o cenário de 2010, o PMDB potiguar estará bem na foto. Assim reza a história.
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