Dunga 2010 ganhou o mesmo que Carlos Alberto Parreira 2006: Copa América, Copa da Confederações e primeiro lugar nas eliminatórias sul-americanas.Dunga 2010 sai da Copa no mesmo estágio da eliminação de Carlos Alberto Parreira 2006, nas quartas-de-final. E após derrota para mais um velho rival europeu de outros Mundiais.
Dunga não conseguiu a medalha de ouro inédita para o futebol brasileiro. Algo que Parreira sequer tentou conquistar, ao não assumir o comando do time (pré)olímpico de 2004.
Quatro anos depois a seleção brasileira, ou da CBF, se vê no mesmo lugar, apenas com uma nova conclusão. Uma conclusão embalada para presente com a grife da derrota.Em 2006 muitos descobriram o óbvio, que em meio à bagunça a tendência é dar tudo errado. Agora, em 2010, a "descoberta" é que a clausura, o isolamento, não garante êxito.A discussão sobre o fracasso do técnico e seus rapazes, que aqui chamei várias vezes de Dunga's Boys, e sem qualquer ironia, vai muito além do jogo com a Holanda.
O Brasil poderia fazer mais do que 1 a 0 no primeiro tempo e se aproximar da vitória. Não fez. A segunda etapa foi dos laranjas, que viraram e poderiam até ampliar. Normal.O jogo escancarou várias obviedades, como o descontrole emocional do (bom) volante Felipe Melo. Mero espelho do seu treinador, sempre a se descabelar à beira do campo - clique aqui e veja.
Ou a falta de opções no banco, repleto de Josués, Júlios Baptistas, Grafites e Gilbertos. Quando se viu forçado a arrancar empate, Dunga só enxergou o franzino Nilmar.E outro problema evidente, na cara desde a Copa América de 2007 e várias vezes ressaltado: a inexistência de alternativas, de estratégias, um time que jogava praticamente de uma só maneira.Em março deste ano, escrevi no blog - clique aqui e leia - sobre o dunguismo, que ganhara a adesão de Kaka. Logo dele, um jogador que deveria pensar o futebol de forma diferente.
O camisa 10 brasileiro foi cooptado pela tosca ideia de que futebol bonito não é competitivo. Parte da mídia e maioria da torcida também. A onda do dunguismo crescia.Uma sexta estrela sobre o escudo da CBF levaria alegria imediata ao povão. Mas deixaria uma grande sequela, com a difusão do ideal dunguista. Não valeria a pena.Para brasileiros é sempre possível vencer jogando bom futebol. Absurdo abrir mão do talento em troca de uma equivocada tese segundo a qual jogar feio aproxima do triunfo.
O dunguismo sai de moda, talvez para sempre. Já vai tarde. Nada contra Dunga, sujeito com mania de perseguição, teimoso, mas honesto.
Qualidade insuficiente para ocupar o cargo que deixa graças ao gol de Sneijder. Quem o substituirá? A decisão segue nas mãos do responsável maior, que permitiu a bagunça de 2006, a clausura doentia de 2010 e deveria renunciar junto com seu subordinado. Mas jamais o fará.
Texto: Mauro César - ESPN Brasil
5 comentários:
dunga não perdeu nada quem perdeu foi os jogadores sem competencia
o brasil perdeu ainda vão dizer que a culpa é do velho
o brasil não teve futebol para ganhar a copa do mundo a seleção é mais ruim que o potiguar de mossoró
fora brasil o campeão é o uruguai
quem é para sair é ricardo teixeira da CBF só assim acaba com esse prodidão do futebol brasileiro
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