quarta-feira, 22 de abril de 2009

Entrevista de JM Governadorável

Robson Pires entrevista deputado em seu Blog

O deputado federal seridoense, João Maia, classificou esse final de semana como decisivo para sua pré-candidatura ao governo do Estado nas eleições do próximo ano. Conversou com lideranças políticas, visitou municípios do Estado, conversou com o povo. Sua candidatura é irreversível.

Confira na entrevista a seguir que ele concedeu com exclusividade ao Blog do Robson Pires:Blog – O final de semana foi decisivo para sua pré-candidatura ao governo do Estado.

Sua candidatura é irreversível?

JM – Eu sou um pré-candidato. Eu vou fazer um projeto, um programa de desenvolvimento para o Rio Grande do Norte. De geração de emprego e renda. Vendo o que nós podemos fazer pelo Seridó, pelo Potengí, pelo Trairí, o litoral sul, o litoral norte, o Agreste, o Mato Grande, o médio e alto oeste, a região salineira, o vale do assu e aos municípios do Rio Grande do Norte. E eu vou apresentar esse programa para o povo do RN. Essa é minha decisão. Vou apresentar via internet, via rádio, via televisão, via jornal. E aí eu quero passar um ano trabalhando e vê qual é a reação do povo em relação a isso. Se o povo acha que é um bom projeto, e se eu sou uma pessoa com competência, com capacidade para conduzi-lo. E se eu avaliar que eu tenho uma aceitação do povo, eu vou em frente, como você disse, de forma irreversível. Mas, eu não vou discutir. E foi a decisão mais importante que eu tomei. Eu reuni toda a minha equipe e não vou discutir quem é candidato de quem. Eu vou discutir um projeto. Eu quero ser candidato de um projeto. Os apoios políticos virão como conseqüência desse apoio a esse projeto. E não um apoio prévio para uma candidatura.

Blog – o senhor esteve reunido com o ex-senador Fernando Bezerra. Foi uma conversa bem sintonizada? Ele está com sua candidatura?

JM – Eu na verdade tenho – como a maioria do Rio Grande do Norte tem – uma noção de que Fernando faz falta a política do Estado. Ele foi uma pessoa que trouxe muitos recursos para o Rio Grande do Norte. Fernando teve uma carreira política, Robson, bonita. Ele foi Ministro, ele foi líder do governo FHC, ele foi líder do governo Lula no congresso. E, portanto, ele era uma pessoa que tinha uma capacidade muito grande de mobilizar recursos. Minha conversa com Fernando Bezerra foi muito boa porque eu fui dizer assim: olha Fernando! Volte para a política do RN. Você faz falta! E se você quiser um partido para você voltar – e eu sei que têm muitos outros lhe oferecendo – o Partido da República lhe oferece uma legenda para que você dispute um mandato em qualquer posição que você quiser. O que você quiser nós apoiaremos. Então, minha conversa com Fernando foi muito boa. Mas, o espírito da conversa era essa. Quis dizer: eu vim aqui pra dizer que eu gostaria que você voltasse para a política do Rio Grande do Norte. Esse é o sentimento das pessoas com quem eu tenho conversado. Você está fazendo falta. E o PR está a sua disposição. Ele ficou de conversar com a família, de pensar, de decidir. E a gente volta a conversar. Mas, a conversa foi muito franca. Muito honesta.

Blog – Essa discussão do 1º turno da eleição ter mais de um candidato dentro do mesmo sistema. O senhor espera que a governadora Wilma de Faria aceite isso?

JM – Veja. Eu sou um parceiro político da governadora Wilma. Eu tenho um partido. Eu sou presidente de um partido. O Partido da República é organizado em todo o Estado. Eu conversei muito com a governadora sobre essa questão que tendo o segundo turno à gente poderia ter vários candidatos. Dando oportunidade ao eleitor de conhecer mais gente. Conhecer mais projetos, conhecer mais propostas. Essa minha tese não vigorou em Natal e o desfecho da eleição de Natal você conhece. A gente tentou – a gente não que eu não estava nisso – se tentou fazer um acordo prévio, escolhendo quase como se você estivesse nomeando um candidato e o povo rejeitou. Então eu acho a mesma coisa em relação ao governo do Estado. Nós temos o quadro de pluripartidarismo. Por que é que nós vamos agora resolver previamente quem é o candidato do governo e quem é o candidato da oposição? Porque não pode ter mais de um candidato do governo e mais de um candidato de oposição? E candidato independente? Por que o 2º turno, Robson, ele foi pensado pra isso! O 2º turno quando ele foi pensado, ele foi pensado o seguinte: como nós vamos ter mais de dois partidos (não é mais MDB e ARENA). Lembra que inventaram Arena um, Arena dois, Arena três, pra conciliar os interesses locais da política. Como nós não temos. Podemos ter vários candidatos. Primeiro porque a pessoa era eleita sem a maioria dos votos. Então isso é um avanço. O 2º turno é pra isso. Você pode ter vários candidatos. Mas, no segundo turno como você só pode ter dois. Os mais votados. Quer dizer, quem for eleito, necessariamente terá a maioria dos votos. Mas, o 2º turno também foi pensado exatamente pra você dá cara ao pluripartidarismo. Quer dizer. Para que várias pessoas possam se apresentar. Com propostas, com projetos no primeiro turno. Então, nós no Rio Grande do Norte temos um vice tão forte, do verde, do vermelho, dos Maias, dos Alves, quer dizer, nós temos um vice tão forte que mesmo que tenha instituído o pluripartidarismo – o PR, por exemplo, é um partido organizado em todos os 167 municípios do Estado – e vários outros partidos. Então, que história é essa de que nós vamos “encapsular” todo mundo como se ainda fosse um bipartidarismo. Porque que nós vamos escolher no primeiro turno quem é candidato do governo e quem é candidato da oposição? E essa discussão é o que eu estou tentando mudar. Quer dizer, não vamos discutir quem é o candidato de quem. Vamos discutir o seguinte: se a gente quer ser candidato a governador qual é a proposta que a gente tem para o Rio Grande do Norte. Qual a proposta que a gente tem pra cada cidade, para cada região do Estado? Essa é que é a discussão grande, a discussão bonita. Senão a gente vai “fulanizar” a campanha de governador que é o cargo mais importante que o Estado tem.

Blog – Se os pré-candidatos a governador Iberê Ferreira, Carlos Eduardo Alves e Robinson Faria, da base aliada do governo, não aceitarem essa proposta de mais de um candidato no 1º turno. O senhor é candidato de qualquer maneira?

JM – Eu não sou candidato de qualquer maneira. Eu vou apresentar um projeto ao povo do Rio Grande do Norte. Se esse projeto tiver aceitação eu vou ser candidato. E vou me compor no 2º turno – que eu espero que seja em torno do meu nome – com as pessoas que eu tenho mais afinidades.

Blog – E quem são essas pessoas que o senhor te mais afinidades?

JM – Eu tenho dito que eu tenho uma preferência imensa pela base da governadora Wilma da qual eu faço parte. Mas, não tem exclusividade. Eu vou discutir projeto, eu vou discutir proposta e vou ver quais são as alianças políticas que nós podemos fazer.

Blog – o senhor pode fazer aliança política tanto com a situação como com a oposição

?JM – Eu prefiro com a situação. Mas, dependendo da proposta da oposição eu não desconsidero.

Fonte: Blog do Robson Pires

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